Logs: uma ferramenta importante para o dexista
Tradicionalmente as listagens das colunas de Logs costumam a ser o carro chefe de qualquer clube DX digno de tal denominação. No entanto nem sempre todo dexista ou leitor desavisado entende sua importância, sabe como usa-la ou porquê os clubes dedicam tanto espaço a elas em suas publicações.
A primeira coisa que cabe dizer é que as listas de Logs não se destinam a leitura, mas sim a uma CONSULTA rápida para ser feita especialmente quando se está com o receptor ligado.
Junto com as listagens das paginas finais do WRTH e do Passport World Band Radio os Logs podem funcionar como um check-up da banda, um banco de dados atualizado, prático, funcional e pronto para ser utilizado no momento em que se está ouvindo rádio e procurando identificar as emissoras.
Tal como os dicionários se prestam decodificar palavras desconhecidas quando da leitura de textos, as listas do WRTH, do Passport e dos Logs funcionam para o Dexista como ferramentas para que ele possa rapidamente calcular, dentre um conjunto de possibilidades, a probabilidade de qual seja a emissora que está ouvindo, sem desviar sua atenção principal que necessariamente sempre deverá estar concentrada muito mais na escuta que na consulta! Por esta razão tenho sempre defendido que sempre exista uma compatibilidade entre as listas que o ordenamento permaneça em freqüência crescente, pois seria um contra senso ter que desligar o receptor a cada vez que tenhamos que consulta-las!
Outros aspectos importantíssimos dos Logs referem-se aos conteúdos, a dinâmica de atualização e, principalmente a qualidade da informação. Neste tocante o LOG publicado no boletim Dexista pode vir a se constituir um instrumento privilegiado e superior aos demais materiais de referencia nestes três itens.
O conteúdo será melhor quando proporcionar informações segmentadas provenientes de uma determinada região geográfica para uma mesma região geográfica. Em outras palavras, quero dizer que teoricamente seria mais fácil ouvir uma emissora asiática numa determinada freqüência e horário indicada por um Dexista residente no Brasil que outro residente na Europa. Por isso é sempre conveniente colocar os Logs de Dexistas de outros continentes em separado da lista do Brasil ou da América do Sul.
A dinâmica de atualização da informação será melhor se a periodicidade for mais curta. É bom lembrar que enquanto o nosso boletim atualiza informações a cada mês o WRTH e o Passport as atualiza ano a ano.
Do ponto de vista qualitativo o Log é superior por que não informa genericamente que tal ou qual estação está numa freqüência como o fazem o WRTH e o Passport, mas sim informa especificamente a freqüência, o horário, o nome da estação, localidade, o idioma, o assunto tratado na programação, a condições de recepção numa determinada localidade geográfica onde a estação está efetivamente sendo ouvida. Nesta ótica, o ideal mesmo seria ter a cada mês verdadeiro scaning de cada faixa!
Para concluir, tenho a dizer que a inicial de um nome, constante no final de uma linha de Log nunca chegará a conferir grande promoção pessoal ao colaborador, uma vez que objetivamente somente lhe dá o crédito e indica a posição geográfica de seu posto de escuta que, tecnicamente, é de suma importância para quem a está consultando a lista.
Entretanto, nunca devemos nos esquecer que o significado sempre ficará mais amplo quando levarmos em conta que por trás de cada abreviatura de um nome destas listas – que como toda e qualquer lista tem um aspecto frio e impessoal – temos um amigo, um Dexista em ação que se propôs a colaborar e a compartilhar com as demais informações que obteve através de sua prática!
Por: Sérgio Dória Partamian